quarta-feira, 17 de junho de 2009

'Engenho de Artes' visou uma pluralidade

Encerrou ontem a iniciativa 'Engenho de Artes', que movimentou o engenho da Calheta com uma exposição colectiva, palestras e 'workshops'. Nova sessão de escultura com Francisco Simões, uma conferência intitulada 'Música e Contraste de Gerações', com Lidiane Dualibi e as 'Seis Po' Meia Dúzia', e final mente uma serenata pelo Grupo Madeirense de Fados de Coimbra foram as actividades ontem desenvolvidas, nesta acção interdisciplinar coordenada por Lucilina Freitas e realizada pela 'Arteventos' com o apoio da DRAC e da Sociedade dos Engenhos da Calheta. O escultor Francisco Simões frisou ao DIÁRIO que "o principal objectivo deste encontro foi o de promover a amizade, a pluralidade, na arte". Simões, que orientou várias sessões de escultura, disse que, como pedagogo, defende a interdisciplinaridade, e considerou que a 'Engenho de Artes' pode ter sido "um pequeno embrião, cheio ainda de pequenos defeitos, que permite, no entanto, pensar, a partir daqui, em iniciativas futuras". Tudo para fazer com que, noutras hipotéticas iniciativas multiculturais "as conferências, os debates, os pensamentos, o aprofundamento das questões da arte (desde a mais convencional à mais conceptual, desde os suportes tradicionais às tecnologias), da filosofia, da literatura e da música possam ser promovidas". Na opinião de Simões, faltou a esta iniciativa a presença de música erudita, "por exemplo um quarteto de cordas", mas também - "e é uma lacuna grave - a literatura, a poesia, o romance, faltaram os escritores madeirenses, alguns dos quais com grande talento". O futuro "pode ser este projecto, com mais qualidade".

Luís Rocha

in, Diário de Notícias da Madeira, 17/06/2009

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